Contas aprovadas: virtude ou obrigação? Confira a opinião de Juca Castilhos
Tenho acompanhado os discursos de alguns políticos Brasil afora que bradam aos quatro ventos o orgulho de serem políticos ficha limpa e de terem suas contas aprovadas na ocupação de cargos públicos eletivos. Muitas vezes, eles transformam isso em bandeiras de honestidade, como se fosse uma virtude e não uma obrigação para todos que ocupam esses cargos eletivos.
Acontece que esses políticos consideram ser honesto, ter ficha limpa e ter suas contas aprovadas como uma virtude pessoal. Concordo que não deixe de ser uma virtude, mas entendo que é muito mais uma obrigação para esses cidadãos e cidadãs. Eles chegam até as casas dos eleitores, seja através do rádio ou da televisão, juntamente com suas promessas, conquistam a confiança desses eleitores.
No entanto, após serem eleitos, muitos deixam de ser o que prometeram ser, e suas administrações não chegam nem perto daquilo que ofereceram durante as campanhas. Além disso, quando apresentam suas contas aos tribunais de contas para serem analisadas e aprovadas, comemoram como se fosse um grande feito. Esquecem que não é mais que uma obrigação do mandato que ocupam.
Quando chega a notícia das contas aprovadas, comemoram, pagam matérias em jornais e rádios para a divulgação do fato. No entanto, não podem esquecer que estão fazendo nada mais do que sua obrigação. São muito bem pagos para ocupar esses cargos e zelar pelo patrimônio público. Portanto, têm a obrigação de terem essas contas aprovadas.
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