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Policiais acusados pela morte de Gabriel Cavalheiro reafirmam inocência em depoimento à Justiça

Na manhã desta terça-feira, 13 de agosto, os policiais militares acusados pela morte de Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos, prestaram depoimento à Justiça de São Gabriel, exatamente dois anos após o crime. O segundo sargento Arleu Cardoso Junior Jacobsen e os soldados Raul Veras Pedroso e Cleber Renato Ramos de Lima reiteraram suas alegações de inocência, seguindo a orientação de suas defesas, que argumentam que o verdadeiro culpado ainda está solto. Os policiais chegaram escoltados ao Fórum local antes das 9h, onde o interrogatório ocorreu sob forte esquema de segurança.
 

Os pais de Gabriel, Anderson Cavalheiro e Rosane Marques, estiveram presentes durante os depoimentos, acompanhando em silêncio e segurando um banner com a foto do filho. A audiência, que havia sido adiada em maio devido à catástrofe climática no Rio Grande do Sul, é vista como uma das últimas etapas antes da definição do julgamento.
O juiz Ham Martins Régis permitiu que a imprensa registrasse imagens das proximidades da Sala de Audiência da Vara Criminal, onde os réus foram interrogados. O caso, em fase de instrução, envolve a oitiva de testemunhas e a coleta de provas.
 
A advogada da família de Gabriel, Rejane Igisk Lopes, declarou que as provas e depoimentos apresentados até o momento reforçam a acusação feita pelo Ministério Público, e que a defesa está convencida da responsabilidade dos réus.
 
Relembre o caso:
Gabriel Marques Cavalheiro desapareceu na noite de 12 de agosto de 2022, após uma abordagem policial no Bairro Independência, em São Gabriel. Testemunhas relataram que a Brigada Militar foi acionada por uma moradora, após Gabriel tentar forçar a entrada de sua casa. Os policiais teriam algemado o jovem e o colocado no porta-malas da viatura. Dias depois, em 19 de agosto, o corpo de Gabriel foi encontrado em uma barragem na região de Lava Pé. O laudo de necropsia indicou que a causa da morte foi uma hemorragia interna no pescoço, resultado de agressão, sem sinais de afogamento. Os policiais envolvidos foram presos e permanecem no Presídio Militar de Porto Alegre.

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