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CASO THÉO | Advogado do pai alega que cliente foi espancado por policiais

O advogado de Tiago Ricardo Felber, 40 anos, acusado de matar seu filho Théo, de 5 anos, ao jogá-lo de uma ponte em São Gabriel, afirmou que seu cliente foi agredido por policiais durante a detenção, em entrevista ao jornal Diário de Santa Maria. 
De acordo com Roberto Leite, defensor de Felber, o homem teria sido espancado tanto por policiais militares quanto por policiais penais após sua prisão. O advogado também alegou que, no momento do depoimento, Felber não teve a presença de um advogado, sendo interrogado sozinho.
As agressões foram relatadas durante a audiência de custódia realizada na tarde de quarta-feira (26). Leite afirmou que, durante o processo de investigação, não foi oferecido apoio jurídico ao acusado, o que, segundo ele, comprometeria a integridade do processo legal.
“Durante a audiência de custódia, Felber relatou que foi espancado tanto por PMs quanto por policiais penais. Além disso, ele informou que não teve advogado durante o depoimento e prestou declarações desacompanhado de um profissional”, disse Leite.
Em relação à segurança de Felber, o advogado também solicitou a transferência do acusado para outra unidade prisional, alegando que o presídio de São Gabriel não oferece condições de segurança devido ao risco de agressões por parte de outros detentos, em razão da gravidade do crime cometido. Segundo Leite, a direção do presídio informou que Felber corre risco de morte no local e que ele seria transferido, possivelmente, para a Penitenciária Estadual de Santa Maria ou para o Complexo de Charqueadas.
“Nos foi informado extraoficialmente que ele será transferido para Santa Maria ou para Charqueadas. Estamos aguardando a transferência e, ainda esta semana, entraremos com um pedido de relaxamento de prisão na Comarca de São Gabriel”, afirmou o advogado.
O caso, que chocou a cidade, segue em investigação. O delegado Daniel Severo, responsável pela Delegacia de Polícia de São Gabriel, afirmou que Felber foi informado sobre o direito de contratar um advogado, mas decidiu não fazê-lo, prestando depoimento sem assistência legal.

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