Em coletiva, Provedor da Santa Casa detalha dificuldades financeiras do hospital, rebate críticas, fala em repasse defasado e garante: “Não há desvio, nem corrupção”
Na manhã desta terça-feira (6), o Salão de Atos da Santa Casa de Caridade de São Gabriel foi palco de uma coletiva de imprensa convocada pelo provedor da instituição, Cilon Siqueira. Em um tom firme, ele abriu o jogo sobre a crise financeira que atinge o hospital, explicou a realidade dos números e rebateu críticas e acusações que, segundo ele, têm caráter político.
Atualmente, a Santa Casa mantém 635 funcionários: são 69 administrativos, 175 de apoio e 391 na linha de frente da assistência à saúde. Apesar da estrutura robusta, que segundo Cilon é referência na região, o custo operacional é alto e os repasses públicos — principalmente do Sistema Único de Saúde (SUS) — estariam longe de cobrir o necessário.
“É fácil falar de um hospital que é o primo pobre da saúde. Temos estrutura, temos profissionais, mas manter isso custa caro. E não vamos cortar funcionários e deixar a população mal atendida”, defendeu o provedor.
Atualmente, a Santa Casa mantém 635 funcionários: são 69 administrativos, 175 de apoio e 391 na linha de frente da assistência à saúde. Apesar da estrutura robusta, que segundo Cilon é referência na região, o custo operacional é alto e os repasses públicos — principalmente do Sistema Único de Saúde (SUS) — estariam longe de cobrir o necessário.
“É fácil falar de um hospital que é o primo pobre da saúde. Temos estrutura, temos profissionais, mas manter isso custa caro. E não vamos cortar funcionários e deixar a população mal atendida”, defendeu o provedor.
Déficit milionário
Segundo Cilon, o déficit operacional de 2024 da Santa Casa gira em torno de R$ 15 milhões. Atualmente, o deficit mensal do hospital é de R$ 1,5 milhão.
Ele destacou que, sem a venda de um imóvel doado pela senhora Marina da Silva Ramos, a instituição teria fechado as portas.
“A verdade é que se a gente não tivesse vendido o imóvel da Dona Marina, a Santa Casa teria fechado. A situação das Santa Casas no país é dramática”, afirmou.
Ele destacou que, sem a venda de um imóvel doado pela senhora Marina da Silva Ramos, a instituição teria fechado as portas.
“A verdade é que se a gente não tivesse vendido o imóvel da Dona Marina, a Santa Casa teria fechado. A situação das Santa Casas no país é dramática”, afirmou.
Transparência e críticas rebatidas
O provedor também aproveitou a ocasião para responder a críticas e rumores sobre possíveis irregularidades na gestão do hospital. Ele garantiu que não há desvios de recursos ou má administração.
“No hospital não há desvio, roubo ou qualquer tipo de corrupção. Se alguém cometer alguma falta grave ou fizer proposta indevida, eu mesmo mando embora. Aqui é coisa séria", asseverou.
Cilon ainda criticou o que chamou de “politicagem”, apontando que há pessoas tentando desestabilizar a instituição e influenciar funcionários.
“Tem gente que fica fazendo politicagem e tentando fazer a cabeça dos nossos trabalhadores. Eu não aceito que falem da minha honra ou da equipe que está aqui tentando salvar vidas todos os dias", disse.
“No hospital não há desvio, roubo ou qualquer tipo de corrupção. Se alguém cometer alguma falta grave ou fizer proposta indevida, eu mesmo mando embora. Aqui é coisa séria", asseverou.
Cilon ainda criticou o que chamou de “politicagem”, apontando que há pessoas tentando desestabilizar a instituição e influenciar funcionários.
“Tem gente que fica fazendo politicagem e tentando fazer a cabeça dos nossos trabalhadores. Eu não aceito que falem da minha honra ou da equipe que está aqui tentando salvar vidas todos os dias", disse.
Sobre a CPI e prioridades de pagamento
Cilon também comentou sobre a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara de Vereadores para investigar a Santa Casa. Segundo ele, não há fundamento jurídico para isso.
“Não existe CPI de hospital. O vereador fiscaliza o município. Se quiserem investigar, que façam, porque não vão encontrar nada", ressaltou.
Ele admitiu que houve atraso no pagamento de médicos, mas explicou a ordem de prioridade da gestão financeira: primeiro medicamentos, depois os salários dos funcionários e, por último, os médicos.
“Não minto. Atrasamos sim o pagamento dos médicos. Mas quem não tem bombeiro para apagar incêndio, vai com copinho de água. Essa é a nossa realidade", disse.
Pedido de reforço ao município
Com o contrato de gestão do Pronto Atendimento da Santa Casa e a Prefeitura previsto para renovação em outubro, Cilon antecipou que solicitará um aumento no valor do repasse ao Executivo Municipal.
“Vamos pedir um repasse maior, porque não é possível manter uma estrutura deste porte com o que temos hoje. A população precisa da Santa Casa e vamos lutar por ela", frisou.
A coletiva encerrou com um apelo por compreensão da comunidade e união em torno da Santa Casa.
Disk-notícia:(55)9 9664.2581