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Intervenção na Santa Casa de São Gabriel já garante pagamento de salários e reorganização administrativa

A intervenção iniciada no dia 6 de outubro na Irmandade da Santa Casa de Caridade de São Gabriel já apresenta resultados concretos na reorganização da instituição. Conforme o prefeito Lucas Menezes, medidas emergenciais adotadas pela equipe interventora têm buscado estabilizar a situação financeira e administrativa do hospital, assegurando a continuidade dos atendimentos à população.
Entre as primeiras ações realizadas, destaca-se o pagamento integral das folhas salariais de setembro, quitando valores atrasados e garantindo a remuneração de médicos, enfermeiros e demais funcionários. Também foram repactuados contratos essenciais, como o de fornecimento de oxigênio, assegurando o funcionamento dos serviços críticos, incluindo a UTI, que recentemente havia enfrentado fechamento de leitos por falta de insumos.
Além disso, a intervenção promoveu renegociação de dívidas bancárias, revisão de despesas, redução de custos jurídicos, cancelamento de contratos considerados não essenciais e a criação de rotinas administrativas e de um setor de Contas Médicas, com o objetivo de melhorar o controle financeiro e operacional do hospital.
Segundo o prefeito, mesmo diante do cenário delicado encontrado, as equipes da Santa Casa têm mantido os atendimentos normalmente à comunidade. “O objetivo é garantir o funcionamento pleno da instituição e restabelecer sua credibilidade. A Santa Casa é um serviço essencial para São Gabriel e para a região”, reforçou Menezes.
A gestão interventora também trabalha no fortalecimento de parcerias, incluindo a Secretaria Estadual da Saúde, e na articulação para firmar convênio com o FUSEX (Fundo de Saúde do Exército), o que poderá ampliar a oferta e o financiamento dos serviços.

Situação encontrada
 
No balanço apresentado após os primeiros 24 dias de intervenção, o prefeito detalhou um cenário financeiro crítico. O hospital apresentava: Contas zeradas ou negativas; Folhas de pagamento atrasadas desde junho; Dívidas acumuladas com fornecedores e prestadores de serviços; Pendências junto à Receita Federal, colocando em risco o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS); Grande volume de ações judiciais e contratos onerosos e desorganizados; Ausência de controle patrimonial.
O levantamento realizado pelos interventores também revelou que o passivo total da Santa Casa ultrapassa R$ 60 milhões, valor que contribuiu diretamente para o colapso financeiro da instituição.
Apesar das dificuldades, a Prefeitura afirma que a intervenção segue com foco na recuperação financeira, reorganização administrativa e garantia de atendimento de qualidade à população gabrielense.

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