José Fogaça impõe condições ao PDT para deixar prefeitura de Porto Alegre

"Essa escolha me foi quase imposta", afirma prefeito sobre candidatura ao Piratini

O prefeito José Fogaça reafirmou que só deixará a prefeitura se conseguir uma aliança minimamente sólida, em entrevista ao Gaúcha Atualidade. Fogaça disse que atrair o PDT será uma das principais tarefas dele e do senador Pedro Simon a partir de agora. O PDT herdará a prefeitura quando ele renunciar para ser candidato.
— Obviamente, que ao deixar a prefeitura de Porto Alegre, eu tenho que fazê-lo diante de um quadro de segurança mínima, diante de um quadro de condições de coligação e de base de apoio minimamente razoável. Não seria razoável deixar a prefeitura de Porto Alegre sem isso.
Ele afirmou que não seria candidato porque o partido tinha um outro candidato, mas com a desistência de Rigotto:
— Essa escolha me foi quase imposta.
Fogaça aceitou se candidatar atendendo a um pedido de Simon:
— Tomei essa decisão ao lado dele, para articular o projeto do PMDB para 2010.
Questionado sobre as denúncias de irregularidades no Projeto Integrado Socioambiental, Fogaça disse que tem confiança absoluta nos seus secretários.
O presidente estadual do PDT, Romildo Bolzan, afirmou que a decisão de se aliar ao PMDB para o governo do Estado em 2010 passa por uma decisão do partido, que se reunirá em 2010.
— Se nós definirmos essa questão (de aliança com o PMDB) passa a ser prioritária.
Bolzan afirmou que apesar de ter se reunido recentemente com Fogaça, foi surpreendido pela posição anunciada ontem por Fogaça, de assumir a candidatura ao Piratini
— Essa decisão foi um fato surpreendente, nós não esperávamos isso. Tive uma reunião com o prefeito Fogaça e não tive essa percepção de que esse fato iria ocorrer essa semana. Agora nós temos que avaliar.
A respeito das condições de Fogaça, sobre ter uma aliança sólida, Bolzan comentou:
— Seria incoerente entregar a prefeitura para partido que não irá acompanhá-lo na eleição. O partido tem que ser maduro nessa horas. Eu acho que nós temos que nos fixar cada vez mais no que nós podemos e naquilo que é mais concreto. O partido tem que viver esse momento de uma maneira mais pragmática.