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Líderes do DEM estudam adiar reunião sobre expulsão de Arruda


Para evitar contestações jurídicas, líderes do DEM estudam adiar a reunião da Executiva Nacional da legenda que decidirá o futuro político do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda.

Advogados do partido alertam que Arruda pode ir à Justiça caso a decisão sobre a sua expulsão aconteça na tarde de quinta-feira, como estava inicialmente previsto. O temor é que ele use o argumento de que o prazo para a apresentação de sua defesa acaba no final deste dia, e não no início da tarde.

"O raciocínio mostra que ele [Arruda] deveria se afastar [do partido] já em um primeiro momento, mas como não foi isso que aconteceu, imaginamos que ele deve estar tentando uma ação jurídica. Por isso o partido deve se acautelar cada vez mais para não ser pego no contrapé", disse o líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO).

Advogados do governador passaram parte da tarde de ontem reunidos e já avisaram, desde a semana passada, que estudam maneiras de ir à Justiça contra a expulsão.

Na última terça-feira, a Executiva do partido decidiu dar prazo para que Arruda apresentasse sua defesa e não expulsá-lo sumariamente, como queriam alguns. O ex-deputado federal José Thomaz Nonô (DEM) é o relator do caso.

Ontem, ele também alertou que precisa de algum tempo para escrever o seu parecer. "Essa [o adiamento da reunião] é uma decisão da cúpula. Eu, por via das dúvidas, estarei aí [em Brasília] na quarta. Mas eu preciso fazer o meu parecer, que depende da defesa. Assim que eu receber a defesa vou me debruçar sobre ela, mas não posso dizer de quanto tempo vou precisar", afirmou Nonô.

Caiado, o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), ACM Neto (DEM-BA) e o líder no Senado, José Agripino Maia (DEM-RN), devem decidir hoje pela manhã os últimos detalhes da reunião da Executiva Nacional. Eles dizem que, mesmo com o adiamento, a decisão deve sair esta semana.

Uma das alternativas seria realizar o encontro na manhã de sexta. Mas como há o temor de falta de gente em Brasília, há deputados e senadores que defendem a reunião apenas no início da semana que vem.

Membros da cúpula do DEM dizem ainda esperar a saída espontânea de Arruda antes que o partido decida por expulsá-lo.

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