Coluna-Ponto-de-Vista-1

Para analistas, comparação Lula-FHC e capacidade pessoal são temas eleitorais de 2010

Os governistas prometem insistir na comparação entre as gestões de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. A oposição promoverá o debate sobre capacidade pessoal para ocupar o Palácio do Planalto a partir de 2011. Depois dos programas e inserções na televisão de PSDB e PT e de discursos dos presidenciáveis são essas as tendências já perceptíveis para as eleições de 2010, segundo especialistas.

Exibido na noite de quinta-feira (10), o PT centrou seu programa gratuito na televisão na apresentação da pré-candidata e ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e em críticas e comparações com a gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso. Na semana anterior, o PSDB dividiu seu tempo exaltando as gestões dos governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves.

"Vimos uma Dilma se apresentando como continuidade com alguma mudança, aprofundando o governo Lula para afastá-lo da Presidência de Fernando Henrique, Serra, que, embora ligado a FHC, tem luz própria e vai falar sobre boas gestões no Ministério da Saúde e no governo de São Paulo, e Aécio, que é novidade e vai se mostrar como gestor moderno", disse ao UOL Notícias o cientista político Francisco Fonseca, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP).

Embora os especialistas considerem precoce tirar dos programas de TV e declarações recentes mais do que um ensaio da campanha presidencial de 2010, o PT sinalizou claramente que vai estimular comparações entre os governos Lula e FHC e o PSDB discorrerá sobre o currículo de seus candidatos. Tanto Aécio como Serra têm vasta experiência em votações, enquanto Dilma terá seu nome na urna pela primeira vez.

A ministra é a preferida de Lula para concorrer. Serra e Aécio disputam a indicação tucana para concorrer à Presidência da República. Até o fim deste ano, o governador de São Paulo liderava as pesquisas de intenção de voto. No cenário com o governador mineiro, o líder é o deputado Ciro Gomes (PSB-CE). Aécio aparece atrás de Dilma, em terceiro lugar, à frente apenas da senadora Marina Silva (PV-AC).

Suficiente?
Para o cientista político Amaury de Souza, sócio-diretor da consultora MCM, o programa do PSDB na televisão, embora genérico e sem densidade, serviu para sinalizar que Aécio e Serra se respeitam e são amigos, o que não inviabilizaria uma chapa puro sangue. E o do PT indica que as comparações com o governo Fernando Henrique podem não ser suficientes para impulsionar a candidatura da petista.

"O programa do PSDB cuida apenas de um problema: como ficam as relações Aécio Serra. A resposta é: eles se complementam e querem andar juntos. É um pequeno ensaio da viabilidade de uma chapa só com tucanos, o que daria mais força ao candidato que estiver na frente, provavelmente Serra", afirmou.

"Já o programa do PT, que tem um governo bem avaliado para defender, tenta fortalecer a imagem da eleição plebiscitária, que também tem base nessas pesquisas que dizem que quase 70% dos eleitores não votariam em um candidato de FHC. Mas a verdadeira pergunta é quem se lembra daquele governo, com tantos jovens chegando para votar? O que tratam como rejeição pode ser desconhecimento. Sem contar que a eleição não é entre Lula e Fernando Henrique."

Professor da PUC-SP, o cientista político Claudio Couto diz que apesar de o ex-presidente não ser candidato, o interesse do PT retomar o assunto faz sentido eleitoralmente. "Se um lado tem interesse em esconder os vínculos com o governo anterior, o outro tem interesse em mostrar. Explicitar a proximidade com um governo mal avaliado é um recurso que não era deixado de lado. Mas com o passar do tempo essa vinculação tende a ser mais fraca e o efeito, mais duvidoso", afirmou.

Apesar disso, Couto avalia que as recentes aparições dos presidenciáveis não permitem definir como eles serão durante a campanha. "A agenda que eles têm mostrado é bastante genérica. Dilma continua Lula, Serra é o candidato centrado na competência pessoal e Aécio tem o discurso de quem quer se posicionar na disputa. No caso do governo, ter candidato definido não deixa o resto todo definido. No caso dos de oposição, não escolher tampouco ajuda. Estamos nos ensaios."

2 comentários:

  1. Como falar bem de um governador como José Serra cujo estado que ele governa detem o segundo pior ensino público do Brasil?
    Como falar bem de um governo que deixa de investir em educação mas ao mesmo tempo realiza sem licitação a compra da revista Nova Escola para todos os professores da rede pública num claro e manifesto uso do dinheiro público em promoção pessoal, via editora Abril (Revista Veja)?
    Como confiar num governador cujas principais obras são objeto de investigação por superfaturamento após acidentes que vitimaram várias pessoas?
    Ou como confiar num partido cujo governo no RS está imerso em denúncias de corrupção?
    Você confiaria na candidatura a presidente Serra-Arruda?
    Exatamente, O Gov. José roberto Arruda era o provável vice de Serra, segundo declaração do Presidente da sigla
    Este é o Brasil que queremos?

    ResponderExcluir
  2. FHC, o farol, o sociólogo, entende tanto de sociologia quanto o governador de São Paulo, José Serra, entende de economia. Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e pobres à condição de consumidores; que não entende de economia, pagou as contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos.

    Lula, o analfabeto, que não entende de educação, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos, e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do pobre à universidade.

    Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas, elevou o salário mínimo de 64 para mais de 200 dólares, e não quebrou a previdência como queria FHC.

    Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo. Embora o PIG - Partido da Imprensa Golpista, que entende de tudo, diga que não.

    Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país à liderança mundial de combustíveis renováveis.

    Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado e enterrou o G-8.

    Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi sindicalista brucutu, mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros do sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista. Tem fácil trânsito junto a Chaves, Fidel, Obama, Evo etc. Bobo que é, cedeu a tudo e a todos.

    Lula, que não entende de mulher nem de negro, colocou o primeiro negro no Supremo (desmoralizado por brancos), uma mulher no cargo de primeira ministra, e pode fazê-la sua sucessora.

    Lula, que não entende de etiqueta, sentou ao lado da rainha (a convite dela) e afrontou nossa fidalguia branca de lentes azuis.

    Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes, criou o PAC, antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado investir, e hoje o PAC é um amortecedor da crise.

    Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater recorde no trimestre.

    Lula, que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre os líderes mundiais, é respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e influentes no mundo atual.

    Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um brucutu, já tinha empatia e relação direta com Bush - notada até pela imprensa americana - e agora tem a mesma empatia com Obama.

    Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador, é amigo do tal John Sweeny e entra na Casa Branca com credencial de negociador, lá, nos "States".

    Lula, que não entende de geografia, pois não sabe interpretar um mapa, é ator da mudança geopolítica das Américas.

    Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor universal.

    Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de bravatas, faz história e será lembrado por um grande legado, dentro e fora do Brasil.

    Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um pacifista ingênuo, já é cotado pelos palestinos para dialogar com Israel.

    Lula, que não entende nada de nada, é melhor que todos os outros.

    Faça a sua comparação...

    ResponderExcluir

Tecnologia do Blogger.