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Dengue: Cidade não registra casos há três anos

A Administração Municipal, através da Secretaria da Saúde, realiza um trabalho qualificado na prevenção e combate ao mosquito transmissor da Dengue – Aedes Aegypti – que vem sendo considerado como de referencia na área. A prevenção ainda tem o apoio da comunidade, que de forma consciente, atende as recomendações da Secretaria. Mas com os recentes casos na cidade de Ijuí, colocou as cidades do RS em alerta, e os cuidados são redobrados. É o que alerta o Secretário da Saúde, Paulo Forgiarini, em entrevista a Rádio São Gabriel na manhã desta terça (23).

Juntamente com o Coordenador do Programa de Combate a Dengue e Chagas, médico veterinário Alfredo de Oliveira Neves, o Secretário prestou diversos esclarecimentos e considerações sobre o trabalho realizado em São Gabriel, e convocou a comunidade para redobrar os cuidados e ter consciência para evitar o surgimento de focos do mosquito vetor.

"Não registramos casos do mosquito transmissor, e nem focos, mas é essencial que a comunidade faça uma revisão permanente do comportamento. Aproximadamente 90% dos possíveis focos estão em nossos lares, nossos pátios ", salientando que o trabalho realizado em São Gabriel é considerado modelo, por ter orientações do Centro Estadual de Vigilancia em Saúde (CEVS) e da Secretaria Estadual da Saúde.

Para isso, o Secretário pediu que a comunidade, sempre solícita em relação a cuidados com a saúde nestes casos, possa reforçar ainda mais esta atenção. "Vamos olhar nossos pátios, se a piscina está tratada com cloro, a caixa d´água tampada, vasos de plantas limpos, enfim, depende somente de nós impedirmos que o mosquito reapareça", salientando o trabalho realizado pelas equipes de fiscalização da Dengue, com visitações as mais de 24 mil residencias existentes no município.

Por sua vez, o Coordenador do Programa de Dengue, Alfredo Neves, lembrou também do cuidado em relação ao acondicionamento correto do lixo, bem como se possível, deixar nos locais de coleta nos horários corretos e protegido. "Isso é necessário principalmente por conta dos cães, que acabam revirando o lixo em busca de comida, assim como os catadores, que buscam material reciclável. É recomendado separar este material reciclável a parte, para evitar a formação de focos e animais nocivos", salientou.

O Secretário finalizou lembrando que estes cuidados são essenciais para evitar prejuízos futuros. "Sabemos que a comunidade tem sido sensível a seguir estas recomendações e cuidados como ocorreu na Febre Amarela e Gripe A. Isso é importante para evitar que depois se corra atrás do prejuízo como aconteceu em Ijuí, onde o descuido não foi do Poder Público, mas da comunidade. Nossa população tem se comportado bem, mas é preciso manter esta atenção, onde se conservando, apoiará nosso trabalho", finalizou. Saiba agora, os cuidados para evitar o surgimento de focos do mosquito transmissor da Dengue:

O que é a Dengue
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo. Em São Gabriel, não são registrados focos há tres anos.

Como prevenir
A ação mais simples para se prevenir a dengue é evitar o nascimento do mosquito, já que não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação. Para isso, é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução.

A regra básica é não deixar a água, mesmo quando limpa, parada em qualquer tipo de recipiente. Como a proliferação do mosquito é rápida, além das iniciativas da Administração, é importantíssimo que a população também colabore para interromper o ciclo de transmissão e contaminação. Para se ter uma idéia, em 45 dias de vida, um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas.

Então, a dica é manter recipientes, como caixas d’água, barris, tambores tanques e cisternas, devidamente fechados. E não deixar água parada em locais como: vidros, potes, pratos e vasos de plantas ou flores, garrafas, latas, pneus, panelas, calhas de telhados, bandejas, bacias, drenos de escoamento, canaletas, blocos de cimento, urnas de cemitério, folhas de plantas, tocos e bambus, buracos de árvores, além de outros locais em que a água da chuva é coletada ou armazenada.

É bom lembrar que o ovo do mosquito pode sobreviver até 450 dias, mesmo se o local onde foi depositado o ovo estiver seco. Caso a área receba água novamente, o ovo ficará ativo e pode atingir a fase adulta em um espaço de tempo entre 2 e 3 dias. Por isso é importante eliminar água e lavar os recipientes com água e sabão.

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