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Compra emergencial garante medicamentos a pacientes que estavam sem tratamento a um mês

A Prefeitura de São Gabriel precisou fazer a compra emergencial de medicamentos para tratamento de pacientes oncológicos que recebiam atendimento na Santa Casa de Uruguaiana, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Há um mês, eles tiveram o tratamento interrompido porque a Santa Casa, referência para o serviço, suspendeu parte dos atendimentos por falta de recursos. O medicamento é destinado para 41 pessoas e terá duração estimada de 90 dias. O custo mensal da administração neste período com os remédios será de R$ 15 mil – o que representa um investimento total de R$ 45 mil. 
De acordo com o secretário de Saúde de São Gabriel, Ricardo Coirollo, a quantidade necessária para o mês de janeiro chegou no início desta semana e a distribuição dessa primeira leva aos pacientes do município já foi concluída. Ele explica que os remédios têm um custo que varia de R$ 80 a R$ 500 a caixa, valor que impacta no orçamento da administração.
"São verbas que poderiam ser usadas em outros programas e tivemos que direcionar para a compra dessas medicações que seriam de responsabilidade do Estado. São pacientes oncológicos que dependem da manutenção desse tratamento para a suspensão da doença. A partir do momento que a medicação de um tratamento contínuo contra o câncer é interrompida, a tendência é que a doença volte. Baseado nesta preocupação é que nós determinamos a compra emergencial dessas medicações para que os pacientes não ficassem sem assistência", frisou.
A expectativa, conforme Coirollo, é que neste período seja encontrada uma solução para o problema por parte do Estado, já que a alternativa da prefeitura é temporária. 
A Santa Casa de Uruguaiana comunicou a suspensão dos atendimentos por meio de nota, no início do mês passado. No documento, a instituição explica que seriam suspensos os atendimentos ambulatoriais, cirurgias, internações e procedimentos eletivos, por tempo indeterminado, "até a retomada e normalização dos repasses e pagamentos pelos serviços prestados junto à Secretaria Estadual de Saúde". Com a suspensão dos serviços na instituição, cerca de 200 pacientes de São Gabriel que precisam de tratamento nas áreas de oncologia e cardiologia seguem sem atendimento.
A reportagem buscou a Secretaria Estadual de Saúde (SES) para um retorno sobre a questão, mas ainda não obteve retorno.
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