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Paixão pelo futebol: Há mais de 30 anos, grupo de amigos segue se reunindo para "bater uma bolinha"

Por Gilson Santos
Fotos: Anderson Almeida
 
Há mais de trinta anos, um grupo de amigos apaixonados pelo futebol se reuniam para a tradicional “pelada de futebol”. O que eles não imaginavam é que esta rotina iria se tornar ininterrupta até os dias de hoje. 
Os personagens, ao longo do tempo, foram se renovando e hoje, são poucos que seguem desde à época que tudo começou. A maioria, com cabelos brancos, já passaram dos sessenta anos, outros já passaram dos setenta, a maioria um tanto "enferrujados", alguns, são chamados de jogador raiz (jogam plantados), mas o que importa para eles é manter o laço de amizade e a satisfação por ainda poderem praticar o futebol com os amigos. 
 
O bom humor, a alegria, brincadeiras não podem faltar e assim vão chegando eles para o jogos que ocorrem nos finais das tardes da segunda, quarta e sexta-feira. É isso mesmo: eles se reúnem três vezes por semana, depois de se fardarem calçar a chuteira, são escolhidos os times e bora para o jogo. 
 
Na segunda-feira, 23, nossa reportagem acompanhou o jogo entre os times de Adel (Colete Azul) e o time de Toninho (Colete Vermelho). 
O time azul saiu na frente, mas o time vermelho reagiu e o jogo acabou empatado em 4 a 4. 
Felipe Medina e Toninho Barros são os responsáveis pela organização do grupo e disseram que é sempre assim, jogos pegados, peleados e bem disputados. 
O grupo, antes chamado de velha guarda do futebol, passaram a ser chamados de “Só Craques”. 
 
TALENTOS COM MAIS DE 70 ANOS SEGUEM NA ATIVA
Os mais velhos, que já passaram dos 70 anos, dizem serem os craques mais experientes, vamos citar alguns: Adel, Joaquim, Duran. Já a turma dos mais de sessenta é maior.
Cacaréco - o mais fominha - não é fácil passar por ele e ainda faz gols. 
 
O local e palco dos jogos é o campinho que faz parte do Recinto dos Ferroviários, localizado na rua Rivera junto a antiga Estação Férrea de São Gabriel, que tem uma história longa e bonita há mais de cem anos. 
O gramado do campo de jogo ainda esconde, mas pode-se perceber ainda, o carvão queimado, produzido pelas caldeiras das locomotivas a vapor da época chamada de Maria Fumaça. 
Toninho Barros, ferroviário por 40 anos, hoje aposentado, é o cara que cuida e zela pelo local, a casa onde mora dá acesso ao campo, inclusive construiu uma sede para se reunirem e confraternizar. 
Na sede estão expostos muitos troféus, medalhas e galerias de fotos. São histórias e conquistas registradas ao longo do tempo. 
Toninho exibe também bandeiras e posters do seu time do coração, o Internacional, e do auge do time dos Ferroviários e muitas histórias contadas, que hoje continuam como diz: “até onde a vida nos levar”.

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