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Textículos de Mário Mércio

Mário Mércio
Colunista do blog

BRASIL
Pequeno, humilde, aposentado da função pública e simples escritor aqui estou perante este Brasil que vocifera: --“Não briguem e não brinquem assim comigo, pois sou imenso, poderoso, rico e vaidoso. Tenho um passado de lutas, glórias e não mereço tanto descaso e tanta ofensa, mormente por parte de meus filhos”; Este é o meu Brasil, que CHORA, PEDE, IMPLORA o amor, a compreensão, a concórdia, a paciência, mas também a luta, o aprendizado, a honradez e o trabalho de todos.... Este é meu Brasil!
Mas ser consciente não transforma a realidade. Sinto-me impotente pela omissão, pela apatia letárgica, pela inércia, talvez fatal. Como salvar, ajudar e reconstruir o meu Brasil?
Reconstruir da implosão da segurança, do transporte, da educação, da agricultura, da saúde, da diplomacia, da política, pode ser muito doloroso.
Como posso fazer, como cidadão comum, acuado, perdido, lendo e ouvindo todos os dias denúncias de corrupção jamais imagináveis?
Sou consciente, mas isso não muda a realidade que vivemos. Falar de salários corroídos, de injustiça social, de corrupção, de greves, não resolve. Aliás, agora a moda e falar do governo. Mas nem isso resolve. Sejamos práticos, coerentes, justos.
Criticamos e criticamos, mas a nossa ação cotidiana é letal para essa miséria claudicante, quase paralítica da corrupção que avassala a nação, sob o olhar complacente e aterrorizante do povo desta nação. Que chora no silêncio. Só soluça, não tem voz.
Ficamos constrangidos por sermos tão ricos e vivermos como pobres perante o mundo e nas estatísticas que rondam nossa economia. E a pobreza e a miséria nos bate à porta, quando não a invade, sorrateira.
Estamos desconcertados, tensos, angustiados e perplexos.
Nossa esperança ruiu pelo marasmo político e institucional, de que um dia tudo vai melhorar.
Nossa letargia, nosso jeitinho, nosso otimismo, nossa maleabilidade, nossa alegria e por último nossa esperança nos legaram um acuamento atemorizante.
Nosso olhar não mais se ergue de forma transparente e límpida. Pela dor da impossibilidade. Não conseguimos mais agir nesse caos diário, nem nesse ocaso que vislumbramos.
Agora, só Deus, Ala, ou o que seja, você não é brasileiro, agora sabemos muito bem, mas é nosso Pai. Salve-nos!

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